247 – A negociação para viabilizar a entrada de Jair Bolsonaro no PL, cuja filiação está marcada para a terça-feira (30), envolveram não somente as imposições feitas por ele, mas também uma condicionante imposta por Arthur LIra (PP-AL): o apoio do Planalto e do partido para que ele seja reconduzido à presidência da Câmara em 2023.
De acordo com a Folha de S. Paulo, o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, teria confirmado o apoio da legenda para que Lira seja reeleito para um segundo mandato à frente do comando da Câmara dos Deputados. A avaliação é que a entrada de Bolsonaro no PL poderá fazer com que o partido, que possui 43 deputados, passe a ter a maior bancada da Casa, elegendo até 65 parlamentares no próximo ano. Desta forma, o apoio da sigla será fundamental para definir o novo presidente da Casa.
Um dos temores de Lira reside no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto, ganhar a eleição de 2022. Nesta direção, Lira e aliados avaliam que, se isso acontecer, “a nova bancada governista poderia resistir a apoiar Lira por ser do mesmo partido do principal inimigo político do petista”. Agora, com Bolsonaro fora do partido, o PP fica livre para apoiar Lula em diversos estados, mantendo um elo de ligação fora do bolsonarismo.
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