Secretária do Ministério da Saúde recomenda que Carnaval não seja realizado em 2022

 



A chefe da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, recomendou que o carnaval não seja realizado em 2022. O posicionamento foi dado nesta última quarta-feira (8), durante audiência pública na Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, que discutiu a viabilidade do carnaval em 2022.

Em uma apresentação de dez minutos, Rosana explicou que o país está com os índices de vacinação avançados, mas que precisa adotar as medidas de distanciamento e higiene recomendadas pela OMS. Segundo ela, no carnaval isso é impossível. O receio da secretária é que se crie um cenário propício para o surgimento de novas variantes. Rosana encerrou sua participação afirmando que realizar o carnaval no ano que vem é extremamente arriscado para o país.





“Não podemos nos esquecer que estamos nesse momento ainda em pandemia. (…) O carnaval é uma festa, sim, que nos aglomeramos, que nós estamos juntos. É impossível não ficarmos aglomerados e nós sabemos que mesmo o indivíduo estando com seu esquema vacinal completo, até com dose de reforço, ele pode se contaminar”, explicou a secretária. Rosana disse considerar “extremamente precoce” uma decisão sobre o carnaval.

“Estamos com uma parcela importante da população já com a dose de reforço, porém nós temos que associar medidas, como bem falado diuturnamente pela Organização Mundial da Saúde, medida de distanciamento, máscara, higiene e infelizmente, nesse tipo de festa é praticamente impossível de se conseguir, por mais que fale que vai se testar as pessoas. Sim, o teste também não é 100%”, disse Rosana.

Sinalizando que pode haver alguma mudança no futuro, ela disse que atualmente considera arriscada a realização das festas. “É arriscado, por tudo que nós já passamos, fazer esse tipo de reuniões, de comemorações no atual momento. É claro que estamos em dezembro. Em fevereiro ou março as coisas possam mudar, mas, hoje, a nossa posição é que isso seja pensado com extrema cautela e não recomendamos no momento”, disse Rosana. G1

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